Guerras, sempre, foram e, sempre, serão uma temática fortemente abordada na mídia, sendo exploradas em filmes, séries e livros. Entretanto, é extremamente incomum a abordagem das nossas guerras, aquelas entre os nativos e o homem branco oriundo da Europa, que acabaram com milhões de vidas inocentes: as guerras de conquista. Nesse contexto, é de extrema importância que documentários como Guerras do Brasil sejam produzidos, conscientizando a população a respeito do passado sangrento que circunda nossas raízes.
Os povos indígenas que residiam e, ainda, residem no território brasileiro são vítimas de violência, preconceito e perseguição diárias e é essa problemática que o documentário, disponível no serviço de streaming Netflix, aborda. O primeiro episódio da obra explana os conflitos da época distanciando-se do eurocentrismo. Relatos de Aílton Krenak e Sônia Guajajara (líderes indígenas) mostram, também, uma visão realista da chegada dos portugueses e como o Brasil não foi descoberto, mas, sim, inventado. Somado a isso, o episódio nos faz chegar à conclusão de que essas guerras ainda persistem e as atrocidades cometidas aos povos indígenas não cessaram.
Imagem: Óleo sobre tela de Manuel Victor, 1955